Doença arterial oclusiva periférica - Dra. Tassiane Horvatich

A Doença arterial oclusiva periférica (DAOP) é caracterizada pelo estreitamento e endurecimento das artérias que transportam o sangue para os membros inferiores do corpo, como pernas e pés. Essas vias ficam obstruídas pelo acúmulo de gordura (aterosclerose), cálcio ou outros elementos em suas paredes, fazendo com que o fluxo sanguíneo fique prejudicado e podendo causar complicações.

Imagem Doença arterial oclusiva periférica

Causas

A causa mais frequente da Doença arterial oclusiva periférica é a aterosclerose, que apesar de ser mais comum nas artérias do coração, também afeta outras regiões do corpo. Quando a área atingida é a dos membros inferiores, essa doença recebe o nome de doença arterial periférica.

Em alguns casos, o fechamento (oclusão) das artérias pode ocorrer por conta de alguma lesão sofrida nos membros inferiores, inflamação dos vasos sanguíneos, problemas congênitos nos ligamentos e músculos dos membros e até exposição à radiação.

Existem, ainda, os fatores que aumentam o risco da doença: tabagismo, diabetes, obesidade, hipertensão, colesterol alto, idade avançada e histórico familiar.

 

Sintomas

Muitas vezes, pessoas com a doença arterial oclusiva periférica apresentam sintomas leves ou até mesmo nenhum sintoma, porém, em alguns casos, há presença de dor nas pernas ao caminhar.

Outros sintomas que podem ocorrer são: claudicação intermitente, dormência e fraqueza nas pernas, feridas que não cicatrizam nos dedos, pés ou pernas, mudança na cor das pernas, perda de pelo, crescimento mais lento das unhas dos pés, pulsação fraca nas pernas e disfunção erétil (nos homens).

Se a doença se desenvolver ainda mais, a pessoa poderá apresentar dor até mesmo em momentos de repouso ou enquanto dorme.

 

Prevenção

Para prevenir o surgimento da doença arterial oclusiva periférica, é preciso manter um estilo de vida saudável. Algumas medidas para diminuir os riscos são: parar de fumar, praticar exercícios regularmente, evitar alimentos com gordura saturada, manter o peso adequado, diminuir os níveis de colesterol e pressão arterial e, para diabéticos, manter o índice glicêmico sob controle.

 

Tratamento

O tratamento para as doenças arteriais oclusivas periféricas possui dois estágios:
No 1º estágio, o médico busca controlar os sintomas para que o paciente volte a realizar as atividades diárias. O 2º estágio consiste em interromper a progressão da aterosclerose em todo o corpo, para reduzir o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

Feito isso, o Cirurgião Vascular ou Angiologista indica a necessidade de uma Angioplastia, cirurgia realizada para desobstruir as vias. A desobstrução é feita através de um cateter com um balão na ponta, que é inserido na artéria obstruída juntamente com uma estrutura chamada “stent”. O balão é inflado, ajudando no fluxo sanguíneo, e o stent é colocado, para impedir que a artéria de feche novamente.

Dra. Tassiane Horvatich

Dra. Tassiane Horvatich

Médica pela Universidade de Ribeirão Preto, com residência em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular pelo Hospital Beneficência de Ribeirão Preto.

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